Os países que fazem campanha marketeira para preservação da Amazônia, são aqueles que destruíram totalmente (ou quase) toda a reserva natural que possuíam em nome do progresso econômico, é claro, na concepção leiga e sucinta que temos sobre planos econômicos de atuação sabemos diferenciar o que é um país focado na industria, com a terceirização de produtos e serviços bem como a manufatura propriamente dita, e um "governo" focado em tornar o país símbolo de Fazenda Mundial, ou seja, visando única e exclusivamente o setor agrícola.
Para efeito de exemplificação, pensemos na oportunidade que o Brasil possuía de se industrializar juntamente com os demais países do mundo mas, sabiamente preferiu cultivar o café (não agradeça essa escolha por associar seu consumo diário de "cafezinho", isso aconteceria de uma forma ou de outra) e quando chegou ao memorável ano de 1929 os cafeicultores descobriram (literalmente) a diferença entre a vida e a morte, algo como apostar todas as suas fichas naquela mão de poker que considera forte o suficiente, mas como nem tudo na vida são flores...
Agora, uma dúvida paira sobre vossas cabeças, qual a relação entre a Amazônia e a escolha pelo café? Pensemos o seguinte, existem países no mundo que por enquanto não possuem o menor potencial industrial, ao passo que uma enorme "Mãe Natureza" os agracia, deixemos a preocupação ambiental nas mãos daqueles que podem angariar investimentos internacionais com esse tipo de "preocupação", possuindo inclusive, uma população menor que o próprio Brasil, menos pessoas menos bocas a serem alimentadas.
Sinto pedras atingindo-me a face, mas, enquanto preocupam-se em deixarem a vegetação livre de qualquer ameaça, crianças morrem de fome e a única ameaça delas? Nós mesmos. O Brasil não precisa ser a FAZENDA DO MUNDO, tem potencial maior, um futuro promissor. Grande mercado consumidor, grande quantidade de mão-de-obra,etc.
Este artigo não tem o menor intuito de fazer qualquer apologia ao desmatamento, nem deveria pois seria crime, mas uma atenção maior deve ser dada aos problemas passados no interior do país, não vivemos no período colonial onde só é importante o que envolve a Casa Grande, façamos as adaptações necessários e coloquemos um sinônimo mais propício "Governo".
Infelizmente, uma verdade deve ser dita, se houvesse menor preocupação com o café e com os barões, nossa população provavelmente estaria regozijando de melhores condições de vida. Devemos defender aqueles que gritam por comida e a Amazônia não lhes proporciona isso. Patrimônio Universal, não discordo, mas quando o faminto poderá se alimentar com uma fruta de lá? Preservar? Preservemos a vida!
Plantas não choram de fome como um recém-nascido; não gritam de desespero como uma mãe desesperada. Antes de proliferarmos contentes e satisfeitos a graça que nos assola, devemos saber o volume do grito e a quem atinge. Pensemos!
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