É quase instintivo a idéia de que se o mundo conspirar para o seu sucesso, o mínimo que tens de fazer é aceitar o presente, mesmo que para isso precise prejudicar alguém ou um todo; afinal de contas, um jargão pode e muitas vezes é usado para enganar a própria consciência: "O Sol nasce para todos mas brilha para alguns". É melhor não pensar que, fraudando a Previdência´, por exemplo, poderá estar lesando todo um amanhã, isso mesmo, a velhice tranquila estará perdida graças a algumas mãos. Caso isso aconteça, já há uma saída... a culpa e do presidente.
Quem aqui já não aceitou um troco a mais? Sem medo de errar, afirmo que sairam cantarolando felizes da vida : "Me pagaram para consumir aqui"; Contudo, não é pensado que esse "benefício" conquistado (isso mesmo, é passada a idéia de que tal presente é digno somente para pessoas com sorte, e, por você ser uma dessas pessoas, nada mais justo; azar de quem não tem) por você será descontado do descuido do funcionário, alguém tem que pagar e como "você tem sorte" é óbvio que sairá ileso.
Quem gostaria de negociar com uma pessoa que só visa o lucro sem nem ao menos investir (falemos de uma forma mais capitalista, nada mais propício)? O aspecto mais interessante de toda a história é que, se utilizarmos novamente o exemplo do troco, ninguém aceitaria receber menos que "o justo", afinal de contas, somos seres dotados de um parâmetro incrível de "certo e errado", quando a parte que nos toca é a negativa, se depender do livre arbítrio...
Temos que parar de nos guiar pela lei da vantagem, ninguém vence sempre; se assim fosse, como saberíamos qual é o conceito de vitória se nunca saboreamos a derrota? Em um mundo de injustos, o justo é injusto, mas para tornar-se justo, alguém deve começar.
O jeitinho brasileiro, aquele que acha solução pra tudo (não que isso signifique fazer de forma correta mas, rápida.) nem que pra isso precise usar de meios maquilados ou desonestos. Uma criatividade surpreendente, capaz de deixar J.K.Rowling invejada, afinal de contas, aqui para se fazer mágica não é necessário uma varinha, basta um telefonema ou uma calculadora desregulada.
É indiscutível que o errado será sempre mais rápido, mais prazeroso e muitas vezes mais lucrativo mas é também certo que, em um futuro próximo nascerão plantas podres de uma semente estragada. O edifício de nossas vidas não deve ser apoiado em canudos de plástico (são mais baratos e mais práticos); será construido de forma mais acelerada, porém, na primeira turbulência tombará e já que ditados populares são mais que bem vindos em um artigo cujo protagonista é nosso vizinho ou nosso reflexo então encerremos com um: "Mentira tem perna curta".
Que a Verdade nos guie pelos caminhos da mentira; que a luz ilumine a sombra de dúvidas; que o homem aprenda que, para viver em sociedade deve aceitar o que oferece, caso contrário não chame de presente.
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